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Arapiraca

Informations

Arapiraca

Incorporação Residencial | Real Estate | Logements

arquitetura

Triptyque Architecture

Idea!Zarvos

cliente

8 000 m²

área 

localidade

São Paulo, Brasil

ano

2012 - 2016

Architecture São Paulo Bienal São Paulo | Exposition

CASA DA ARQUITETURA MATOSINHO | Architecture Museum of Matosinho | permanent collection | 2017

ARCHDAYLY BUILDING OF THE YEAR 2017 | finalist

ASBEA 2016 | Best Housing Building

O tecido urbano peculiar da Vila Madalena, em São Paulo, define o projeto do edifício residencial construído na rua Arapiraca. A integração com o entorno – uma zona de casas antigas, e próxima de bares e restaurantes – foi o partido adotado cuja estratégia dilui, com primazia, os oito mil metros quadrados de área construída em uma volumetria que dialoga e respeita o relevo. Para isso, o prédio foi dividido em oito blocos distribuídos de modo aleatório, cada um deles com acesso independente, mas com angulação que garante as melhores vistas e o máximo aproveitamento da ventilação e iluminação naturais. Um nono bloco abriga os elevadores, shafts e escadas, e concentra a saída de passarelas metálicas por onde se dá a circulação de pessoas e ocorre a sociabilização entre os moradores. O resultado desse partido é a configuração de apartamentos onde a privacidade se iguala à de casas independentes. Com terraços de áreas generosas e amplo pé-direito, as residências têm plantas que variam de estúdios a triplex, e podem ter diversas configurações de planta. A área comum dos pavimentos superiores, por sua vez, e em especial as passarelas metálicas são banhadas pela luz do sol e pelo vento. A memória coletiva da Vila Madalena também se faz presente na escolha dos revestimentos, onde predomina o concreto projetado - material rugoso e rústico, quase primitivo – na cor grafite, em uma clara reverência ao chapisco tão utilizado nas antigas construções do bairro.  O referencial histórico também se manifesta na cerâmica, como uma menção aos portugueses, primeiros imigrantes a ocupar a região. Azulejos azuis e brancos, como homenagem ao artista Athos Bulcão, estão distribuídos por todas as fachadas internas. Lisos e refletivos, eles dão vida às fachadas enquanto iluminam o centro do terreno. Camadas de gabião aparente complementam o conjunto e lhe conferem um aspecto brutalista. A vegetação tem papel de destaque no projeto, tanto nos canteiros verdes que envolvem as passarelas metálicas suspensas quanto no nível térreo, onde a densidade verde cria uma atmosfera de floresta urbana sob o edifício. É como se o prédio brotasse sobre a mata de espécies nativas, que se abrem como uma praça em diálogo com a cidade. Nos dois acessos ao edifício, tal porosidade mistura o limite entre lote e calçadas, criando uma espécie de franja borrada entre público e privado, e revelando a generosidade do projeto como um todo.

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