A AO assina a arquitetura e interior design do PACE, um projeto de morada contemporânea onde ritmo, movimento, e o encontro entre natureza e o urbano - concebem a máxima qualidade de vida na cidade de Curitiba.

Dando sequência aos projetos icônicos em Curitiba, a segunda criação junto a AG7 apresenta um edifício de 160 metros de altura com um programa de casas suspensas de metragens diversas que se distribuem em três volumes singulares, intermediados por ambientes de bem-estar, lazer e esportes, e alinhados por uma estrutura central racional, unindo arte e técnica em uma floresta urbana em meio à cidade.

O projeto nasce de estudos contextuais sobre o morar, e em particular, sobre o morar no Ecoville, uma região em desenvolvimento próxima ao centro da cidade, conhecida por suas áreas verdes, e procurada para práticas esportivas  de bem-estar a céu aberto. A partir desta imersão, e de processos arquitetônicos e programáticos de projeto junto à legislação local, a arquitetura se desenha de maneira a melhor se inserir no esguio terreno.

O acesso ao PACE se dá pela Rua Ivo Zanlorenzi através de uma via exclusiva de desaceleração que encaminha a um embasamento vegetalizado, com mais de 1.900m² de bosque preservado, composto por espécies nativas, como araucárias, palmeiras e jerivás, delimitado por um pomar com pitangueiras e jabuticabeiras, para desfrute dos moradores. 

Ao subir, o primeiro bloco volumétrico é focado em long stay com unidades residenciais de 112 a 168m². A fachada possui tratamento racional de grid externo com vazios, permeados por floreiras.

O 13º e 14º pavimento apresentam o primeiro bloco de lazer, com acesso geral ao espaço fitness, terraço funcional, salas de massagens, cozinha gourmet e outros. A volumetria deslocada se dá como uma transição entre distintos programas de moradia, e é evidenciada pelo uso do vidro, inspirando leveza às lajes em balanço mimetizadas ao céu.

O acesso entre embasamento e primeiro bloco de lazer se faz com a circulação vertical externa, articulada como um elemento arquitetônico na fachada. Uma proposta de circulação não-convencional que tem em sua essência, a conexão contínua com a paisagem natural. 

Desencontrado dos blocos abaixo, o segundo volume de moradia que compõe a arquitetura, apresenta residenciais de alto padrão com unidades de 218 m², 223 m², e duplex com 347m² e 352m². O distinto grafismo desta fachada traz lajes recortadas, com avanços e recuos com a presença constante da vegetação.

O 27º e 28º pavimento apresentam o segundo bloco de lazer, com acesso exclusivo a espaços de spa com piscina, solário, e lounge complementando o programa de bem-estar. 

Acima, no terceiro e último volume residencial, unidades especiais de 668 m², duplex de 592m² e apartamentos de 360m² coroam a edificação, evidenciadas pela horizontalidade das lajes com floreiras perimetrais. 

As casas suspensas foram articuladas com estrutura perimetral para liberdade de usos e modificações de plantas, com quartos e salas voltados ao norte, áreas sociais alocadas nas extremidades com vista 180º, aproveitando o máximo da iluminação, aeração e ventilação natural.

Os espaços internos contemplam o conceito de floresta urbana, trazendo para a escala do detalhe o bem-estar da natureza. Envolvendo sensorialmente o usuário no espaço construído, a criação promove a relação entre interior e exterior de forma espacial e visual, diluindo as barreiras entre natureza e arquitetura através do paisagismo, materialidade, layout e mobiliários. Todo o conceito tem inspirações da natureza, com o uso da madeira, pedra e vidro em equilíbrio. No mobiliário, peças de design assinadas em layouts fluidos exprimem conforto e sofisticação permeados por ambientes de cores neutras, permitindo o verde ser protagonista. 

A arquitetura extrai do empilhamento de lajes em desencontro identidades únicas para cada fachada, que quando vistas de pontos distintos de Curitiba, revelam por vezes esbeltez, leveza, e por vezes um organismo vivo de floresta. O mesmo ocorre de dentro da torre, com variadas vistas cinematográficas para a cidade.

Os 44 andares que compõem o PACE são setorizados e hierarquizados, com tratamentos singulares para acompanhar os diversos momentos e possibilidades do viver.

A ARCHITECTS OFFICE propõe uma volumetria decomposta para acolher residenciais transacionados por programas contemporâneos de bem-estar em conexão com a paisagem de Curitiba.